Ring Muscle Up - por que é tão dificil?
Aprenda aqui os elementos que são essenciais a uma boa execução. Muitas vezes você "só"está errando um desses fatores e pode estar mais pertoque imagina.
ALUNOSPROFESSORES
Renato Koji
12/26/20253 min read


Como a inclinação da fita e a tensão das argolas determinam o sucesso no Ring Muscle Up
Quando falamos de Ring Muscle Up, dois fatores técnicos são absolutamente determinantes para o sucesso da subida: a inclinação da fita e a manutenção da tensão nas argolas.
Ignorar qualquer um desses elementos faz com que o atleta “sofra” na transição, dependa de força bruta ou simplesmente não consiga entrar no movimento.
Neste artigo, vou destrinchar como esses fatores funcionam na prática, por que a maioria erra o timing e como organizar o movimento de forma eficiente e previsível.
A importância da inclinação da fita na entrada do Ring Muscle Up
A posição da fita no momento da entrada define se a subida será possível ou não.
Se a fita estiver reta ou inclinada para frente, o atleta terá extrema dificuldade — ou falhará completamente — na transição.
Ângulo favorável: fita inclinada para trás
Para uma subida eficiente, a fita precisa estar levemente inclinada para trás no momento da puxada.
Esse ângulo não é criado “na força”, mas sim pelo balanço correto do corpo:
Ao empurrar o corpo para frente, o atleta gera um ângulo de retorno
Esse retorno posiciona a fita de forma favorável para a puxada
A inclinação correta direciona a força para cima e para dentro da argola
Movimento simultâneo, não em duas etapas
Um erro comum é tratar a subida como duas fases separadas:
Primeiro jogar o corpo para trás
Depois puxar
Isso não funciona bem nas argolas.
A subida precisa acontecer como um movimento simultâneo, onde:
Braços, tronco e cintura sobem juntos
O corpo se comporta como uma única unidade
Evita-se que apenas o quadril suba enquanto o resto do corpo “fica para trás”
A tensão das argolas e o papel do peso corporal
A tensão da fita é o que permite que a força aplicada na puxada se transforme em ascensão vertical.
E aqui existe um ponto-chave que muitos ignoram:
É o peso do corpo que mantém a fita “viva”
O peso corporal é o responsável por manter a fita esticada e com resposta
Quando o corpo está tensionando a fita, a puxada gera deslocamento vertical
Quando o corpo fica “solto no ar”, a fita perde completamente a resposta
O erro clássico: pés subindo demais antes da puxada
Quando o atleta deixa os pés subirem excessivamente antes de iniciar a puxada:
O peso do corpo deixa de tensionar a fita
A fita afrouxa
A puxada não se converte em subida
Resultado: tentativa “na marra”, gasto energético alto e falha na transição.
O timing da puxada: o ponto mais ignorado do Ring Muscle Up
O momento da puxada é mais precoce do que a maioria imagina.
Onde está o timing correto?
A puxada deve acontecer quando:
Os pés passam pelo “vale” do balanço (ponto mais baixo da trajetória)
O atleta percebe o chamado “chicote” dos pés
A fita começa a retornar inclinada para trás
O peso do corpo ainda mantém a fita sob máxima tensão
Puxar antes ou depois desse ponto compromete o aproveitamento da energia do balanço.
O pé é um marcador visual, não o motor do movimento
O movimento das pernas não é a causa da subida — ele é consequência da inércia.
Os pés servem como um referencial visual para identificar o momento certo.
Se o atleta espera os pés subirem muito:
O timing já passou
A fita já perdeu tensão
A transição se torna ineficiente
Por que evitar que os pés subam excessivamente?
De forma objetiva: pés altos demais significam fita frouxa.
O que acontece na prática:
O corpo perde contato efetivo com a gravidade
A fita deixa de responder à puxada
A força aplicada não se transforma em deslocamento vertical
A subida deixa de acontecer como uma unidade corporal
Quando o atleta foca em “jogar perna” ou “subir quadril” antes da puxada, ele compromete exatamente o que mais precisa naquele momento: tensão.
Analogias que ajudam a entender o mecanismo
Arco e flecha
A fita é a corda
O corpo é a flecha
Sem tensão, não há propulsão
Estilingue
Soltar o elástico frouxo não gera impulso
A máxima eficiência acontece no ponto de maior tensão
Resumo prático do mecanismo correto
Para garantir uma subida eficiente no Ring Muscle Up:
Gere um balanço que crie ângulo para frente
Permita que a fita retorne inclinada para trás
Inicie a puxada quando os pés passam pelo vale
Aproveite o peso corporal para manter a fita tensionada
Execute a puxada de forma simultânea, com o corpo inteiro subindo junto
Quando esses elementos estão alinhados, o movimento deixa de ser “sofrido” e passa a ser controlado, previsível e repetível.
Assista ao vídeo completo com a explicação prática e ouça o Podcast no Spotify
Neste vídeo, eu demonstro esses conceitos na prática, mostrando o timing real, os erros mais comuns e como ajustar a execução para destravar o Ring Muscle Up.
👉 YouTube - https://youtu.be/oQ3pshml8Ao
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Se você quer parar de tentar “na força” e começar a entender por que o movimento funciona, esse conteúdo é obrigatório.
Quer destravar seu movimento com minha ajuda? https://ringmuscleup-mzyaeqpt.manus.space